Conversa de irmãos Xereta, Noturno, Mesiço e Raja

Miauuuuuuu, prazer em conhecê-los. 

Sou o Xereta. 

Sei lá por que me deram esse nome... deve ser porque fuço um pouquinho, mas não sou xereta, sou cauteloso. 

Assim que nasci, lembro de pouca coisa. Lembro de quando estava tentando abrir os olhos e levantar de cima de um tambor 

onde minha mãe tinha colocado a gente. 

Acho que era uma casa pequena e escura. Ou, será que era escura por que eu quase não abria os olhos? É, pode ser...

Eu estava assustado porque a minha mãe tinha deixado a gente ali e saiu pra buscar comida. 

Mas, eu tinha medo de ficar ali sozinho com os meus irmãos... e se acontecesse alguma coisa para minha mamãe? 

Ela estava demorando muito... bem mais de cinco minutos... 

Daí, resolvi que tinha que chamá-la. Fiz uma força tremenda e consegui soltar um miado. 

Hum, pensei, acho que ela não ouviu. 

Então dei um mais forte. 

Ufa, fiquei até tonto! 

Resolveu, ela saltou correndo do meu lado. 

Ah, que bom que era ter minha mãe. 

Mas daí, eu fiquei com medo sabe? 

Eu ouvi uma voz esquisita lá de fora. 

Alguém estava falando. Mas, falava diferente, não era igual o miado da minha mãe. 

Ei, ela tava dando uma bronca na minha mãe!

Tentei me levantar e virei para aonde aquele som vinha. 

Não coseguia abrir o olho. Era tão pesado!!!

Ouvi aquela voz dizendo que eu era uma gracinha. Não sabia o que isso significava. Mas, agoar eu sei... é sou mesmo uma gracinha. 

Miei para ela... 

Ela gostou de mim. 

E me deu esse nome.